Me encontra...

Tentar?

Comigo não!

Eu não tento!

Esqueça os lados, faça uma trança.

Escolha o colar mais resistente, ou o que você menos preze.

E venha agressivamente sexy...

De salto e saia, o perfume é dispensável, basta o cheiro do seu cheiro.

Foda-se os obstáculos até chegar aqui. Sente-se em algum lugar e cruzes essas pernas lindas.

Quando o garçom chegar, peça água. Não destile o sabor dos seus lábios ainda.

Ignore os olhares indiscretos, o cara com o cotovelo no balcão fingindo de pegador, a loira sexy na fila do banheiro... descarte as ilusões.

A realidade que você merece sou eu.

Pare de tocar o cabelo e não olhe as partes do seu corpo, você já o conhece bem.

A sua timidez te priva do meu charme.

Não espere elogios...

Nem toques gentis...

Não viemos aqui pra brincar.

Eu sei que você está ótima. Sei que já já vai gostar daqui. Sei que mora sozinha, não mandou mensagem pra ninguém avisando que chegou.

Não precisa despertar aquelas respostas ensaiadas de diálogos sem objetivo.

Eu nem quero falar com você essa noite.

Meu indicador. O garçom. Bud pra mim, stone sour pra ela. Apoio de copos. Suvenir.

Unhas pintadas, curva da orelha, pés sensuais, um meio sorriso.

Ta curiosa? Que bom. Quer mais? Vou ao banheiro. Peço mais uma no caminho.

“Ele disse pra você levar a cerveja”.

Aqui na porta baby. Nos fundos.

Fecho a porta. Rua de grandes madrugadas. Bebo um gole. Descarto a garrafa.

Sua cintura. Uma parede.

No que eu sou bom?

Eu não danço!

No que eu sou bom?

Posso te tocar com os olhos!

No que eu sou bom?

Nem preciso tirar sua roupa!

No que eu sou bom?

Posições!

No que eu sou bom?

Amanhã você me diz. Hoje vamos ver no que você é boa?

Não tente, seja... boa!