17/01/2014

A filosofia do fazer amor...

E eu jamais diria que não...
Uma vez, uma professora bem gostosa me disse que a ordem dos fatores não alterava o produto.
Eu achei isso interessante e por um instante os seios dela não eram a única coisa na minha mente.
Me imaginei como um calculo matemático, algo simples, soma e subtração.
Coisas que eu conquistava, coisas que eu perdia...no fim o produto era de fato o mesmo; Eu.
Mas os fatores matemáticos causam um produto em resultado.
Tal resultado não pode influenciar nenhum dos produtos que o constituem e dentro dessa filosofia imatura, percebi que não posso ser um calculo matemático. Eu posso interferir nos fatores que me constituem e mesmo que isso me altere em suma, ainda continuo sendo o resultado de tudo que faço e aconteço.

Hoje, capaz de compreende um pouco mais sobre o que me constitui e como tudo me influencia, penso em como meus erros e enganos foram cruciais para me tornar quem sou.
Tenho diante de mim uma resposta que sempre desejei. Bem perto, palpável.
Daí penso nas tantas vezes em que eu sabia não ser o que procurava, mas ainda assim me entregava a momentos de modo bastante intenso.
Não posso dizer que minha vida até o momento foi um acumulo de vazios.
Nem posso dizer que os significados foram pequenos.
Muito menos que me arrependo.
Desde que abandonei a ideia de "fazer amor" e compreendi a parte prazerosa do sexo, consegui diferenciar com maior aceitação a ideia de que o tal "fazer amor" é em grande parte uma tremenda propaganda.
Sei muito bem que existe um nível em que o sexo transcende o simples prazer físico/mental.
Sei que dependendo da conexão e da cumplicidade, o sexo pode se tornar algo muito maior do que a junção de dois corpos numa ação gostosa.
E tirando os conceitos apelativos do "fazer amor" que a sociedade considera saudável e necessário para a felicidade, criei então o meu "fazer amor".
Bem diferente do popular "fazer amor", o meu é bem simples: fazer sexo com alguém totalmente compatível atingindo assim um êxtase tão incrível que a ideia de almas gêmeas passe a fazer sentido. E mesmo a ideia de alma gêmea não é tão “lindinho” como estão acostumados, no meu conceito almas gêmeas são aquelas que se conectam com total aceitação e compreensão sem se deixarem influenciar apenas por si mesmas.
Não consigo pensar em um modo eficaz de se descobrir quem é essa "alma gêmea" sem se empenhar em exercitar os sentidos necessários para reconhecer tal pessoa.
Ou seja, para saber reconhecer com quem será possível fazer o meu tipo de "fazer amor", é necessário fazer muito sexo!
É preciso praticar o suficiente para se compreender o que o sexo significa, compreender o que o prazer significa e principalmente, para aflorar os próprios prazeres.
Acho um absurdo a ideia de se casar virgem ou de se casar sem transar com o futuro parceiro.
Penso que é muito arriscado deixar pra descobrir depois de um compromisso tão “sério” se haverá ou não a química entre as partes. Quando eu penso que duas pessoas podem passar uma vida inteira sem se conectarem intensamente e fingindo uma felicidade obrigatória, fico sem saber como algo tão estúpido pode ser possível!
Nas vezes que tentei falar sobre o assunto, alguns acharam que eu era um doente, promiscuo ao extremo, que precisava de ajuda.
Outros achavam que era hora de tocar o puteiro e sair transando feito loucos com qualquer tesão que surgisse.
Aí eu parei de falar sobre isso!

Agora, quando sou capaz de ver algo que eu sempre procurei, penso que todos os fatores da minha equação foram necessários.
Sou capaz de sentir a conexão do todo... e tenho certeza que se não fosse pelo desprendimento que sempre me acompanhou, eu não seria capaz de aproveitar tudo ao máximo.
E eu acho isso tão louco que consigo ver um parêntese na minha vida que só será resolvido agora. É como se na equação que sou, aquele fator estivesse esperando para ser calculado o tempo todo.
E por pensar assim, tudo fica ainda mais interessante, pois tudo que eu fiz até hoje, foi feito sem deixar interferir essa parte reservada para algo que eu sei que será extraordinário!

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