19/01/2014

Na cama dela...

E ela, toda certinha, toda contida, toda reservada.
Mas havia algo nela... algo lá dentro...
Eu tinha de descobrir o que era
Eu tinha de entrar lá e descobrir o que era!
Então eu esperei ela dormir
Escalei a sacada donde ela via o mar
E silencioso como o vento, invadi o quarto dela.
Mulher de sono leve...
Mas eu tenho meus jeitos... aquele jeitinho!
Ela só tinha de acordar pensando que foi um sonho.
Mas pra isso... ela tinha pensar que continuava dormindo.
Eu fiquei atento aos detalhes do sono dela
Esperei que o lençol fosse jogado para longe
Esperei que sua temperatura subisse
Esperei que seus olhos revirassem
E na lembrança que eu já havia plantado
Entrei como a personificação de um sonhar.
Ela sabe mais de mim do que eu mesmo
Eu só precisava agir naturalmente
Se era comigo que ela sonhava... sonho continuaria a ser.
Me tocando ela disse que eu demorei
Me beijando ela tocava o meu corpo
Me sentindo ela me contava da saudade
Me apertando ela declarou sua vontade...
Tantos desejos...
No atrito de dois corpos quentes
O suor nos fazia deslizar
E lubrificados pelo desejo mutuo
Fizemos de um jeito que somente em sonhos poderia ser feito!
Talvez nós nunca mais nos encontremos
Talvez não tenhamos sentimentos mais intensos
Talvez não nos falemos mais
Talvez não nos toquemos mais
Talvez...
Mas é certo, nós nascemos para viver sonhos assim!
Eu não fiz nada
Ela não fez nada
Nós fizemos!
Relaxada ela fechou os olhos para curtir o momento
Realizado eu me fiz novamente vento
Da sacada para o mar
Do mar para minha cama
Eu só queria saber o que ela sentiu ao acordar!

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