08/02/2014

Regras do não-limite...

Regras são limites
Ela impôs regras... limites...
A regra é que eu não me limite.
Ela estabeleceu que eu alcance com intensidade
Que eu ultrapasse qualquer possibilidade
E que com ela eu seja ilimitado...
Incansável... insaciável... simplesmente Eu!
Ela me limitou ao não-limite.
E no carnal, sou do tipo obediente...
Vou deixar sair meus mais secretos desejos...
Todas as vontades adormecidas no recôndito do meu desejo...
Explorar todas as particularidades que ela oferecer...
Escandalizar todas as oportunidades que ela deixar transparecer...
Eu vou fazer com ela tudo que Eu e Ela suportarmos fazer!
Eu lhe serei um objeto...
Ela me será um objeto...
E seremos objetivamente tudo aquilo que desejamos ser
Efêmeros...
Inadequados...
Lascivos...
Promíscuos...
Culpados...
Ilimitados...
Livres...!
E sairemos realizados...
Doloridos...
Arranhados...
Mordidos...
Marcados...
Completamente nus de nossas vontades!
E andaremos pelas calçadas dos envergonhados
Causando-lhes a suspeita...
A inveja...
E a comprovação.
Eles terão certeza diante do escárnio de nossos olhares...
E pela indiscrição dos nossos sorrisos...
E pelo cheiro do nosso suor...
E pelo tremor dos nossos gestos...
Que nós apenas saímos para comer
E repor o que perdemos ao nos devorar.
E eles irão nos seguir...
Eles irão ouvir dos nossos sentidos
Que estamos prestes a voltar
Pr’onde nós até poderíamos morrer
Se o nosso viver não fosse tão divertido!
Ela estabeleceu regras
Eu estabeleço uma condição:
Que ela me acompanhe até o não-limite da perversão!

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